Você sabe o que é humanização de dados?
Não há dúvida de que os dados transformaram de modo definitivo a natureza do marketing.
Isso porque, com eles, somos capazes tanto de segmentar o público com precisão, quanto entender melhor o consumidor.
Inegavelmente, na era do Big Data, o processamento de imensos volumes de dados que produzimos cotidianamente é objeto de atenção, já que seu acesso e posse também decidem nossos futuros.
Mas infelizmente, essa revolução está tão em alta que corremos o risco de achar que temos a resposta para tudo.
É que quanto mais o marketing depende de automação, maior a tentação de eliminar o toque humano.
Humanização de Dados: Uma das Grandes Tendência para 2020
O comportamento do consumidor e dos mercados vinham apontando desde 2017 para novas direções para este ano de 2020.
Para colaborar na compreensão deste ambiente, a Isobar (agência global de transformação digital e criatividade da DAN), desenvolveu o estudo ‘Humanidade Aumentada: o Relatório de Tendências para 2020 da Isobar’.
Nele, foi apontada a Humanização de Dados dentre as principais tendências para 2020.Humanização de Dados pode ser entendido como “conjuntos de dados, algoritmos e a Inteligência Artificial estão se tornando cada vez mais ‘humanizados’, com emoção e personalidade”.
Entretanto, isso será possível através de, por exemplo:
- Aplicação de tecnologias que identifiquem aspectos emocionais e sensíveis em grandes volumes de dados;
- Utilização de informações relativas a bem-estar;
- Combinação de Inteligência Artificial com análise humana.
Indo Além da Onipotência dos Dados
Os dados têm sido apontados como a solução para desde prever ataques terroristas, até descobrir a cura do câncer.
Mas a big data não é onipotente, e também não é infalível.
Em primeiro lugar, porque são necessárias pessoas para construir sistemas que coletam e organizam dados, bem como para entender as limitações desses sistemas e focar em dados para as questões corretas.
E em segundo, porque dados que vêm de pessoas têm uma qualidade humana em particular.
Portanto, Insights vindos de pessoas (e não máquinas), são essenciais.
Embora já tenha se tornado senso comum a máxima “dados são o novo petróleo”, precisamos ir além disso.
A analogia com a ideia de extração ou mineração e que a partir de um tratamento específico gera produtos e moeda de troca faz bem mais sentido numa análise superficial do que aprofundada.
Vamos descobrir a seguir o motivo.
Humanização de Dados e Projetos Sociais
Para além do âmbito empresarial, a ciência de dados transborda para a aceleração de cenários possíveis na sociedade em geral.
Por exemplo:
O Brasil é referência mundial em organização de base de dados. Isso se deve à política de implementação do Bolsa Família e o cadastro de 100 milhões de brasileiros.
Isso já possibilita análise a partir de variáveis em três gerações. Ademais, políticas públicas poderão ser desenvolvidas a partir destas informações.
Os projetos que estão começando a analisar esses dados exigem transparência, e isso traz consigo infinitas possibilidades.
Passos para a Humanização de Dados
A ProXXIma listou, há alguns anos, 6 maneiras de humanizar Big Data no marketing. Desta forma, julgamos tanto válidas nos dias de hoje, quanto importantes compartilhar resumidamente com você.
Portanto, confira-as abaixo:
1. Utilize Insights Humanos Para Enquadrar o Problema
Os dados não fazem perguntas. De muitos modos, os primeiros novos passos de qualquer questão são os mais desafiadores.
Isso porque a escolha errada de variáveis, instrumentalização e mensuração precários ou questões imprecisas vêm com um preço alto.
Primordialmente, nenhuma quantidade de automação pode corrigir tais erros.
2. Lembre-se de que Maior nem Sempre é Melhor
Grandes quantidades de dados desafiam os limites das análises humanas, e é por isso que as máquinas são essenciais para entender tanta informação.
Porém, aumentar o volume de dados só é útil se serve para melhorar o sinal.
Assim, mais dados também significam riscos maiores de achar correlações falsas ou conclusões que não são relevantes.
E especialmente, só um humano pode discernir o que é valioso e o que é lixo.
3. Saiba Que Todos Estão Mentindo
Diferentemente do tráfego de dados, informações transmitidas por pessoas são sempre tendenciosas de alguma forma.
As pessoas distorcem a verdade sobre todo tipo de coisa. E esse é um problema que as máquinas não podem resolver, enquanto que o julgamento humano pode.
Por isso, a observação passiva é, muitas vezes, o melhor jeito de coletar dados.
4. Entenda que o Contexto é Tudo
Os eventos que são capturados e gravados são quase impossíveis de entender sem saber o contexto em que foram coletados.
A mesma ação pode ter diferentes sentidos. Comprar um brinquedo em um supermercado pode indicar que uma criança está presente.
Mas o mesmo produto, quando adquirido online, é geralmente comprado por um adulto sem criança.
5. Entenda que Dados Levam a Abandonar Estereótipos
Robôs lutam para reconhecer padrões, enquanto o cérebro humano revela no processo. Isso nem sempre é bom.
Nossas mentes se adaptam a dados incompletos ao preencher as lacunas com atalhos e presunções.
Com dados melhores, as máquinas praticamente imploram que abandonemos estereótipos e respeitemos cada pessoa como uma seção única de interesses e características.
6. Perceba que um Robô Nunca Contou uma Grande História
Ao reduzir pessoas a dados, deixamos de lado o mais humano dos atributos: a emoção, moeda primária do marketing.
As pessoas tomam decisões a partir do centro emocional de seus cérebros, e é por isso que anunciantes espertos usam narrativas, contexto e sentimentos para contar histórias que repercutem.
Uma história criada por um robô é desprovida de emoção humana, razão pela qual o marketing, mesmo na era da big data, sempre precisará do toque humano.
Conclusão
Colocar-se no lugar do cliente é melhor o caminho para aproveitar da melhor forma o Big Data.
E este caminho é realizando um database dividido em (1) saber quem engajar e (2) o que oferecer a essa pessoa a ser engajada.
A jornada do marketing tem a ver com pessoas, não com números. Não podemos esquecer que o cliente é uma pessoa, esteja ele no on-line ou no off-line.
Assim, é preciso que, cada vez mais, os serviços e os dados sejam humanizados.
Entendendo a natureza humana, o comportamento do cliente: e, em especial, colocando-se no lugar dele.
Com isso, as marcas poderão atender de forma mais efetiva as expectativas emocionais dos consumidores, consolidar uma visão positiva do uso de dados — e quem sabe criar uma nova área: a de Responsabilidade Social no trato com Dados.
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